Olho da rua – Tivesse nas mãos o poder que alardeia, a presidente Dilma Vana Rousseff – a “gerentona inoperante” e “garantia de continuidade” – já teria demitido o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, responsável maior pelo escândalo do Bolsa Família, assunto que os petistas palacianos tentaram empurrar para os adversários e agora, desesperados, trabalham para que caia no esquecimento popular.
Enquanto despeja fortunas em patrocínio de clubes de futebol, alguns dos quais ligados a políticos da base aliada, a Caixa deixa de prestar manutenção nos equipamentos de sua rede credenciada. Em Porto Alegre, no bairro Moinhos de vento, um dos mais caros e nobres da capital gaúcha, uma casa lotérica é a materialização do descaso e da incompetência que avançou sobre a Caixa.
Com apenas três guichês, a casa lotérica exibe em um deles cartaz no mínimo estarrecedor: “Este caixa está à espera de um técnico da Caixa há 17 dias”. Além do descaso com a lotérica localizada nas imediações do requintado Hotel Sheraton, a Caixa presta um desserviço ao povo brasileiro ao fazer da irresponsabilidade a sua maior bandeira.
Não há como um país dar certo quando uma das mais importantes e seculares instituições financeiras é célere para quebrar o sigilo bancário de um caseiro que revela os podres do governo (é o caso de Francenildo Costa), mas é lerda para consertar o equipamento de uma casa lotérica. Fora isso, a Caixa mostrou rapidez na antecipação do pagamento dos benefícios do Bolsa Família, ferramenta que o PT usa para manter funcionando um obediente curral eleitoral.