Enxadrismo político marca escolha dos integrantes da CPI

Dúvida cruel

A questão não é quem escalar, mas quem não escalar, resume o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), para ilustrar a dificuldade do governo para administrar a situação provocada pela CPI Petrobras/ANP. Enquanto a oposição e parte da base governo já escalaram seus jogadores como membros efetivos ou titulares da Comissão, a indefinição persiste dentro do PMDB e do PT. Encarregado de negociar em nome do Partido dos Trabalhadores, o senador Aloízio Mercadante (SP), que deve escolher a si próprio, pode indicar a senadora Ideli Salvatti (SC) como titular. No PMDB, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), deixou seu nome como opção, mas Renan Calheiros entende que indicar um líder seria o mesmo que chover no molhado, pois quem ocupa a liderança tem voz ativa em qualquer situação. No PDT, o senador que integrará a CPI é Jefferson Praia (AM). No PTB, o titular será Fernando Collor de Mello (AL), mas o suplente ainda não foi indicado. O PSDB terá como titulares Tasso Jereissati (CE) e Alvaro Dias (PR), enquanto Sérgio Guerra (PE) fica como suplente. No Democratas, o titular será Antônio Carlos Magalhães Jr. (BA), ficando a suplência sob a responsabilidade de Heráclito Fortes (PI) e Demóstenes Torres (GO). A oposição deseja que ACM Jr. presida a Comissão, mas o governo não quer abrir mão do cargo e da relatoria.