Sarney tentou explicar a crise do Senado, mas não convenceu

Falou e não disse
Diante da enxurrada de denúncias que atinge o Senado Federal, o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), ocupou a tribuna do plenário para dar explicações sobre o tema, que entre os personagens que traz de roldão estão alguns de seus parentes. Nervoso e sem ser convincente, Sarney negou a existência de atos secretos, falou sobre a sua trajetória como homem público e parlamentar, relatou episódios da história política internacional, mas em momento algum foi direto ao assunto. O único momento em que um singelo “mea culpa” soou no plenário foi quando Sarney disse “a crise não é minha, é do Senado”. Para se ter ideia do nervosismo que tomou do senador maranhense, o membro da Academia Brasileira de Letras, que por suposição fala corretamente a língua portuguesa, tropeçou em muitas concordâncias gramaticais durante o discurso.