Novas regras administrativas e impasse no Conselho de Ética agitam o Senado

senado_021Agitação nos bastidores
Pressão do PMDB e receio da opinião pública seriam os dois principais motivos para que dois senadores renunciassem hoje ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal. O primeiro a renunciar foi Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que teria condicionado sua permanência ao consenso dos membros em elegê-lo presidente. O segundo a renunciar foi João Ribeiro (PR-MT).

Mesmo assim, está marcada para as 15 horas desta quarta-feira a instalação do Conselho que inicialmente será presidido pelo decano, senador Paulo Duque (PMDB-RJ). O parlamentar fluminense seria o nome preferido pelo líder da bancada, Renan Calheiros (AL), para conduzir o órgão ao longo do ano. Calheiros disse, há pouco, que o seu partido não está “tentando partidarizar” o Conselho.

Já a Comissão de Constituição e Justiça aprovou, há instantes, o Projeto de Resolução do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que condiciona a nomeação do diretor geral do Senado à sabatina da CCJ e à aprovação do plenário. A escolha caberá ao presidente da Casa, mas o nome indicado pelos funcionários de carreira precisará ser aprovado por maioria simples – 22 dos 41 senadores presentes no plenário. O mandato do diretor geral coincidirá com o mandato da Mesa Diretora e não poderá ser renovado. A mudança de atitude dos senadores se deu por conta das inúmeras irregularidades que teriam sido cometidas pelo ex-diretor geral, Agaciel Maia, que ficou no cargo por 14 anos.