Família Sarney é alvo de denúncia envolvendo banqueiro

sarney_031Confusão nova
Se o senador José Sarney pensa que o recesso parlamentar lhe trará total tranquilidade, engana-se. Um novo escândalo surge para chacoalhar ainda mais as estruturas da família que eclodiu para o poder a partir da praia do Calhau, na bela cidade de São Luís, capital do Maranhão. O Ministério Público maranhense investiga uma relação pouco ortodoxa entre a Fundação José Sarney e a Associação Brasil 500 anos, entidade então presidida pelo ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira (leia-se Banco Santos). Entre novembro de 2000 e julho de 2001, usou a sede da Fundação José Sarney para instalar a mostra “Redescobrindo o Brasil”.

Orçado em R$ 5,1 milhões, o evento contou com o apoio financeiro do governo maranhense, então comandado por Roseana Sarney, que investiu R$ 2,8 milhões na operação. Acontece que o MP, de acordo com reportagem de “O Globo”, descobriu que o governo do Maranhão acabou despejando R$ 4,3 milhões nas mãos do banqueiro. Ou seja, ocorreu um sobrepreço de R$ 1,5 milhão.

A Corregedoria Geral do Estado do Maranhão acusou Roseana Sarney de improbidade administrativa, não sem antes afirmar que “fácil é concluir pelo enriquecimento ilícito da pessoa jurídica”, no caso a entidade comandada por Edemar Cid Ferreira.

Passados alguns meses, Ferreira e José Sarney viajaram juntos a Veneza, ocasião em que o banqueiro teria dado US$ 10 mil ao senador. A relação entre Edemar Cid Ferreira e o presidente do Senado vem de longe e passa obrigatoriamente pela seara política. Cid Ferreira é casado com Márcia de Maria Costa Ferreira, filha do ex-senador maranhense Alexandre Costa, aliado ferrenho de José Sarney.

Resumindo, esse novo imbróglio é do tipo rifa, também conhecida como ação entre amigos.