Criminoso turco que atirou em João Paulo II está solto, mas mistério continua

Mal contado

ali_agca_01Mehmet Ali Agca deixou a prisão na segunda-feira (18), na Turquia, após cumprir pena por ter assassinado um jornalista turco. Antes disso, Agca esteve preso na Itália, após tentar assassinar o então papa João Paulo II. Na ação que teve lugar na Praça São Pedro, no Vaticano, Agca agiu a mando da máfia turca. A libertação do criminoso põe fim a um triste capítulo do Cristianismo, mas há outro que continua encoberto pelas nuvens do mistério. Anos antes da tentativa de assassinato de Carol Wojtyla, o papa João Paulo II, o Vaticano foi cenário de um crime que continua exigindo explicações. Ex-arcebispo de Milão, dom Albino Luciani, o papa João Paulo I, morreu pouco mais de um mês após assumir o comando da Igreja Católica.

Luciani, segundo o Vaticano, foi vítima de um fulminante infarto, mas não foi bem isso que aconteceu. Diz a medicina, que vítimas de infartos ficam com a pele arroxeada, enquanto João Paulo I, no leito de morte, estava esverdeado, o que sugere envenenamento. Homem correto e de conduta ilibada, Luciani tentou acabar com a lavanderia financeira em que se transformara o Banco Ambrosiano, instituição financeira oficial da Santa Sé. Deu-se muito mal, pois lá atuava não apenas a banda podre do catolicismo, como a máfia turca e a loja maçônica italiana P2. O desdobramento do caso provocou prisões e mortes aos borbotões. João Paulo II intentou a mesma coisa e acabou baleado por Ali Agca.