Nota zero –
Quem nos últimos dias foi às lojas para comprar material escolar descobriu que os produtos sofreram um reajuste de 0,5%, o que é considerado pouco. Mas os pais dos alunos em idade escolar poderiam economizar algum dinheiro, não fosse a incoerência do senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), que em votação no plenário do Senado derrubou o principal ponto de um projeto de lei apresentado pelo democrata José Agripino Maia (RN), mas idealizado e proposto pelo ucho.info. A isenção de IPI, PIS e Cofins nos materiais escolares. O que é absolutamente lógico, pois o Brasil precisa cada vez mais investir na educação, caso queira abandonar o rótulo de “país do futuro”, substituindo-o por “nação do presente”. A intransigência de Arthur Virgílio com o tema já é conhecida nos corredores do Senado. O líder tucano afirma que a isenção tributária proposta prejudicaria as empresas da Zona Franca de Manaus – leia-se Bic e Faber-Castell – mas os motivos que o levam a rejeitar a ideia certamente são outros. Arthur Virgílio, que tanto incentiva a virtuosidade da economia brasileira, é tomado por egoísmo quando defende apenas as empresas de seu estado. Há no Brasil outras tantas fabricantes de materiais escolares, assim como a educação brasileira merece mais esse impulso. Só mesmo um míope político pode pensar dessa maneira.