Compasso de espera –
Apontado como virtual ministro de Minas e Energia, o senador Édison Lobão (PMDB-MA) disse, há pouco, que não recebeu convite e nem mesmo qualquer “sondagem” para integrar o primeiro escalão do governo da presidente eleita Dilma “Lulita” Rousseft (PT). A indicação de Lobão parte principalmente do seu amigo pessoal, o senador José Sarney (PMDB-AP), que volta a ser cogitado para presidir por mais dois anos o Senado Federal.
Lobão retornaria à pasta de Minas e Energia para completar a cota do PMDB no novo ministério, mas seu nome não foi confirmado, apesar das inúmeras investidas dos caciques do diretório nacional do partido junto ao Palácio do Planalto. Sarney esteve com Dilma há algumas horas, mas Lobão informou à reportagem do ucho.info que ainda não conversou com o presidente do Senado sobre o teor do encontro. “Vou conversar com ele agora”, explicou. Lobão se dirigia para a presidência da Mesa Diretora quando foi informado pela assessoria do Senado que Sarney estava indo para o Plenário. A conversa, portanto, foi adiada.
A insatisfação da cúpula do PMDB com os rumos do novo ministério é visível. O partido perdeu a oportunidade de indicar nomes para ministérios com ótima visibilidade, como o de Comunicações e Infraestrutura. O Ministério da Saúde não é exatamente uma indicação peemebebista, mas do governador fluminense Sérgio Cabral Filho, cujo conceito está em alta no Planalto.
No final da manhã desta quarta-feira (1), o deputado federal e vice-presidente eleito Michel Temer afirmou que as eventuais nomeações de Nelson Jobim (Ministério da Defesa) e de Sérgio Côrtes para a Saúde “são da cota pessoal da presidente eleita Dilma Rousseff e não entram na conta do espaço do PMDB”. O partido, segundo Temer, pleiteia ocupar outros cinco ministérios no próximo governo. Depois de terem visitado Dilma na terça-feira (30), Temer, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), reuniram-se novamente nesta quarta.