À beira do caminho – Quando subiu no palanque de Dilma Rousseff, o messiânico Luiz Inácio da Silva, sem nenhuma dose de modéstia, disse a milhões de brasileiros que a então candidata palaciana era – na opinião dele ainda é – competente e capaz. Por tudo o que se viu desde o fim da corrida presidencial até agora, Dilma não demonstra competência, além de estar assustada com a importância do cargo para o qual foi eleita. Tanto é assim, que os nomes escolhidos e confirmados para integrar a equipe ministerial não causaram nenhuma surpresa positiva. Fora isso, a petista tem errado enormemente ao adotar o método de “idas e vindas” na indicação dos assessores do primeiro e segundo escalões do novo governo.
Receber o governador do Rio de Janeiro para tratar da insegurança que há décadas domina a Cidade Maravilhosa é uma demonstração inequívoca de planejamento, mas permitir que Sérgio Cabral Filho anuncie o nome do próximo ministro da Saúde, neste caso Sérgio Côrtes, é um ato de irresponsabilidade. Como se fosse pouco, Cabral Filho declarou À imprensa, com o costumeiro alarde, que a presidente eleita concordou em manter nos morros cariocas tropas federais de segurança, aí inclusas as Forças Armadas, até 2014, quando acontece a Copa do Mundo da FIFA.
Horas depois da reticente pirotecnia do inquilino do Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense, o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), integrante da equipe de transição e provável futuro ministro da Justiça, negou as declarações do governador do Rio.
Tal cenário mostra que Dilma Rousseff despertou para a realidade e percebeu que enfrentar a ferro e fogo o PMDB é um suicídio político. Diz a sabedoria popular que “o combinado nunca é caro”, mas até quarta-feira (1) a nossa idolatrada (sic) “Lulita” estava pagando para ver. A conversa com líderes do PMDB foi decisiva para colocar em seu devido lugar o fanfarrão Sérgio Cabral Filho, que por conta da ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão acreditou ser a reencarnação praiana de Messias.