Defesa: o gaúcho Nelson Jobim deve permanecer na pasta por apenas dois anos

Dia do fico – Depois de promessas mirabolantes durante a campanha presidencial, com direito a discursos de Luiz Inácio da Silva sobre sua incontestável competência, a eleita Dilma Vana Rousseff mostra ao Brasil o seu despreparo a partir da escolha dos nomes para a formação da equipe ministerial.

Tão logo o resultado das urnas foi confirmado oficialmente, Lula da Silva disse que o governo da sua pupila deveria ter identidade própria e que ele [Lula] não interferiria na escolha dos principais assessores. Situação que, entre recuos e avanços, não se confirmou.

Entre os tantos indicados pelo presidente-metalúrgico para continuarem nos cargos que ocupam atualmente está o ministro da Defesa, o gaúcho Nelson Jobim. O encontro entre Jobim e a presidente eleita está marcado para acontecer ainda nesta semana, ocasião em que o ministro informará que aceita permanecer à frente da Defesa por no máximo dois anos. Segundo apurou o ucho.info, depois desse período o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal deve retomar a advocacia.

No colóquio que terá com Dilma Rousseff, provavelmente na Granja do Torto, Nelson Jobim detalhará o processo de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, que substituirá os atuais caças por três dúzias de supersônicos Rafale, fabricados pela francesa Dassault. Nos últimos dias, o site Wikileaks, especializado na divulgação de arquivos sigilosos, tem publicado correspondências da diplomacia norte-americana endereçadas à Casa Branca, muitas delas que tratam da compra dos caças Rafale pelo governo brasileiro.

O derrame de informações sobre a renovação da frota da FAB tem objetivo específico. Recolocar no páreo a Boeing, que para não perder o poderio militar na América do Sul insiste em emplacar o F-18 Super Hornet na esquadrilha da Força Aérea Brasileira. Como se sabe, por questões de transferência de tecnologia o Brasil ficará com os modelos franceses, decisão que tem sido reforçada pela estreita amizade que une Lula da Silva a Nicolas Sarkozy.