Prestígio de Sérgio Cabral com presidente eleita é sólido como castelo de areia

Bola preta – O falastrão Sérgio Cabral Filho (PMDB), governador do Rio de Janeiro, tentou aplicar um “passa-moleque” nos companheiros de legenda ao interferir na composição da equipe ministerial de Dilma Rousseff, mas acabou prevalecendo a vontade do presidente do partido, Michel Temer (SP), vice-presidente eleito.

Depois de anunciar que Sérgio Côrtes fora convidado pela presidente eleita para assumir o Ministério da Saúde, Cabral Filho viu a sua intimidade com o poder central ruir como castelo de areia. Uma intifada da cúpula peemedebista mudou os rumos da escolha de ministros e causou um enorme problema para Dilma, que decidiu abandonar o governador do Rio.

Acertadas as arestas com seu vice, a neopetista Dilma Rousseff decidiu entregar ao PMDB seis ministérios: Previdência Social, Turismo, Minas e Energia e Agricultura. A outra pasta é a da Defesa, que continuará sob o comando de Nelson Jobim, pelo menos até o final de 2012. O sexto ministro será escolhido por Michel Temer, que pode emplacar em alguma pasta de destaque o ex-governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco, seu fiel escudeiro e ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal.

Toda essa manobra mostra não apenas a fragilidade política de Sérgio Cabral Filho dentro do PMDB, mas principalmente a disposição de Dilma Rousseff de abandonar aliados em caso de necessidade extrema. Na tentativa de evitar problemas futuros no Congresso Nacional, a presidente eleita preferiu rifar o governador do Rio.