Dilma premia a incompetência e mantém Fernando Haddad no Ministério da Educação

Fora do tom – Logo depois que sua eleição para a Presidência da República foi confirmada oficialmente, a neopetista Dilma Vana Rousseff disse que a sua equipe ministerial seria formada por pessoas competentes e teria caráter eminentemente técnico.

Passadas algumas semanas do anúncio, Dilma foi obrigada a ceder às pressões advindas de todos os lados e acabou deixando de lado a promessa de montar uma equipe ministerial técnica. Prova maior desse abandono foram as mais recentes indicações feitas pela presidente eleita. Na quinta-feira (16), Dilma anunciou três novos ministros: Carlos Lupi (PDT), atual ministro do Trabalho, continuará no cargo. O mesmo acontece com Izabella Teixeira, no Meio Ambiente, e Fernando Haddad, na Educação.

A permanência de Fernando Haddad no Ministério da Educação decorre de pressão exercida pelo presidente Luz Inácio da Silva, mas configura-se em uma espécie de premiação para a incompetência, o que não combina com o discurso de Dilma. À frente da pasta, Haddad teve sob o seu comando dois grandes escândalos que chacoalharam a credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Mesmo assim, o ministro foi mantido no cargo.

Até agora, Dilma Rousseff já indicou 23 ministros. Caso não queira criar novas pastas, outros 14 devem ser anunciados nas próximas horas. Entre os escolhidos até então que não têm competência ou afinidade com as pastas para as quais foram indicados estão Édison Lobão (PMDB-MA), para o Ministério de Minas e Energia; Moreira Franco (PMDB-RJ), para a Secretaria de Assuntos Estratégicos; Pedro Novais (PMDB-MA), para o Ministério do Turismo; Paulo Bernardo da Silva (PT-PR), para o Ministério das Comunicações; Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), para o Ministério da Previdência; Ideli Salvatti (PT-SC), para o Ministério da Pesca; Aloizio Mercadante (PT-SP), para o Ministério de Ciência e Tecnologia; e Alfredo Nascimento (PR-AM), para o Ministério dos Transportes.

Para quem garantiu que usaria critérios técnicos no processo de escolhe dos assessores, a equipe ministerial de Dilma Rousseff é um enorme fiasco.