Nome do novo diretor-geral da Polícia Federal deve ser anunciado nesta quarta-feira

Guerra interna – A presidente diplomada Dilma “Lulita” Rousseff (PT) define com o futuro ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, na tarde desta quarta-feira (30), o nome do novo diretor da Polícia Federal. A divulgação poderá acontecer até o final da tarde. Entre cinco delegados citados, dois nomes são os mais fortes, o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, Ildo Gasparetto, e o diretor de Combate ao Crime Organizado, Roberto Troncon.

Gasparetto seria tem o apoio do governador diplomado do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça, Tarso Genro (PT). Outra vantagem do superintendente é o fato de ser um velho conhecido da presidente Dilma. Em favor de Troncon estaria o atual diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, cuja aposentadoria foi ublicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.

Além de assumir a tarefa de administrar a força policial, o novo diretor terá de apaziguar as brigas entre as várias correntes existentes na corporação. A nomeação terminaria um ciclo de polêmicas, a principal delas protagonizada pelo delegado e deputado federal diplomado Protógenes Queiroz com a deflagração da Operação Satiagraha. Em 2008 foi preso o banqueiro DD (este site está proibido de divulgar seu nome), mais tarde liberado por ordem do ministro e então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

Na lista de candidatos ao posto máximo da PF aparecem também o corregedor-geral Valdinho Jacinto Caetano, o diretor-executivo Luiz Pontel de Souza, e o superintendente de São Paulo, Leandro Coimbra. De acordo com os jornais “Folha de S. Paulo” e “O Globo”, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Reinaldo de Almeida César, chegou a dizer que a instituição apoiará qualquer nome indicado pelo ministro.

Entretanto, a Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef) avisou que prefere um diretor de fora dos quadros da instituição. Para dirigentes da Fenapef, só um diretor sem vínculos com delegados daria equilíbrio de poder dentro da instituição. A entidade representa agentes, escrivães e papiloscopistas, o grupo mais numeroso da Polícia Federal.

O futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já definiu outros nomes dentro do quadro do ministério. A secretária-executiva do Conselho Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, vai comandar a Secretaria Nacional de Segurança Pública. Ela substituirá o atual secretário Ricardo Balestreri. O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, permanecerá no cargo. E o atual ministro, Luiz Paulo Barreto, voltará a ser o secretário-executivo do ministério.