A verborragia insana de Ideli Salvatti, ministra da Pesca, marcou a estreia do governo Dilma

Camisa de força – A primeira semana do governo da neopetista Dilma Vana Rousseff caminha para o seu final. Como no reino de nossa querida e amada Botocúndia – salve, salve – destemperos verborrágicos emolduram o cotidiano, o besteirol de estreia de 2011 ficou por conta de Ideli Salvatti, paulista de nascimento e senadora por um dos mais belos estados brasileiros, Santa Catarina.

A petista Ideli passou os últimos oito anos cumprindo de forma obediente e genuflexa as ordens disparadas por Luiz Inácio da Silva a partir do conturbado Palácio do Planalto. Inúmeras foram as vezes que a agora senadora licenciada subiu à tribuna da Câmara Alta para defender o indefensável. De lá, do parlatório do Senado, Ideli Salvatti teceu loas diversas ao seu patrão maior, o messiânico Lula.

Candidata derrotada ao Palácio da Agronômica, sede do Executivo catarinense, Ideli, a rainha do Cristo Rei, nas eleições passadas serviu apenas como estaca para o palanque da então presidenciável palaciana Dilma Rousseff. Durante a campanha, a senadora petista prometeu mundos e fundos, açoitou adversários históricos – leia-se Jorge Bornhausen –, aplaudiu a candidata-terrorista Dilma e puxou coro no aniversário de Luiz Inácio. Mesmo assim, Ideli terminou a corrida ao governo estadual em terceiro lugar. E na terra onde Lula disse que o antigo PFL, agora DEM, deveria ser eliminado, o democrata Raimundo Colombo liquidou a fatura.

Como prêmio de consolação, Ideli Salvatti ganhou o Ministério da Pesca, sem jamais ter contemplado por alguns minutos seguidos um aquário daqueles que completam a decoração da sala de espera do dentista. O que contrária a promessa da presidente Dilma Rousseff, que garantiu que sua equipe ministerial teria perfil eminentemente técnico. Em seu discurso de posse, a nova ministra da Pesca abusou da ousadia ao dizer que em breve o setor pesqueiro será tão ou mais importante que a agropecuária, que continua na condição de locomotiva da balança comercial brasileira.

Por isso, caro leitor, se um dia você se deparar com alguém montado em um bagre como se estivesse pilotando um touro bravo e arredio, não se assuste. No mundo ilusório de Ideli Salvatti esse tipo de coisa acontece com frequência.