Caixa comemora 150 anos com campanha publicitária que esquece o escândalo do caseiro Nildo

É bom lembrar – A bordo de campanha milionária, a Caixa Econômica Federal iniciou na quarta-feira (12) os festejos pelos 150 anos da instituição. Com locução da atriz Glória Pires, a Caixa levou ao ar, no dia de seu sesquicentenário, filme que traz cenas históricas da fundação do banco federal.

Sob o nome “Eu estava lá”, a campanha usa o tom literário para narrar a presença da Caixa na vida dos brasileiros desde a sua fundação, além da sua participação em momentos históricos do País. Ao final do filme de sessenta segundos, Glórias Pires encerra entoando o slogan da campanha, “Caixa, 150 anos na vida de todos os brasileiros”.

Ora, se a diretoria da Caixa quer mesmo destacar sua presença na vida cotidiana dos brasileiros e também a sua participação em importantes fatos históricos do País, deveria ter incluído nessa custosa campanha o caso de Francenildo Costa, o caseiro Nildo, cujo sigilo bancário foi covarde e criminosamente violado para salvar a pele do então ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, atualmente na chefia da Casa Civil.

A decisão de ultrajar o sigilo do caseiro Nildo foi tomada por um colegiado (sic) de poderosos do governo do então presidente Luiz Inácio da Silva, que preferiu se calar diante do crime cometido por seus assessores contra um simples e honesto trabalhador. É assim que a Caixa, sob o manto do Partido dos Trabalhadores, marca presença na vida dos brasileiros, não se importando em jogar no lixo outros 140 nos de boa história. Enfim…