Em discurso Dilma enfatiza o salário mínimo, mas no Maranhão de Sarney há quem receba R$ 150

Vergonha nacional – Na quarta-feira (2), durante a leitura da mensagem presidencial que entregou pessoalmente ao Congresso Nacional, a petista Dilma Vana Rousseff deu destaque a diversos pontos e repetiu o messianismo mambembe do seu mentor eleitoral, o falastrão Luiz Inácio da Silva. Sem convencer diversos parlamentares, Dilma deu ênfase à erradicação da miséria e ao aumento do salário mínimo, garantindo aos trabalhadores a elaboração de um projeto de longo prazo que contemple reajustes salariais acima da inflação e ganhos reais. Mesmo com esse discurso carregado de soluções impossíveis, Dilma continua insistindo em conceder apenas mais R$ 5 de aumento ao salário mínimo, que passará a valer R$ 545.

Durante todo o tempo em que permaneceu no plenário da Câmara dos Deputados, palco da cerimônia, Dilma teve ao seu lado o presidente do Senado Federal, o maranhense José Sarney, eleito senador pelo PMDB do Amapá. Sucessor de Vitorino Freire no comando da política do Maranhão, Sarney deveria ter aproveitado a oportunidade para fazer um profundo exame de consciência, pois no mais pobre estado brasileiro, governado pela filha Roseana, miséria e baixos salários são a tônica do cotidiano. No estado em que Sarney e sua turma garantem defender os interesses da população, muitos são os que recebem menos que um salário mínimo em troca de labuta diária e nada fácil.

Para que os nossos leitores compreendam a extensão do estrago que o clã Sarney vem promovendo no estado ao longo dos últimos 50 anos, a reportagem do ucho.info encontrou na capital, São Luís, uma mulher, mãe de dois filhos menores de idade, que trabalha oito horas diárias em um restaurante e recebe apenas e tão somente R$ 150 mensais. Por questões de segurança, a nossa entrevistada terá o nome reservado, pois na terra dos velhos coronéis tudo é possível. Se o jornalista e escritor Palmério Dória, homem letrado e dono de boa pena, não conseguiu que as livrarias ludovicenses colocassem à venda o livro “Honoráveis Bandidos”, obra de sua autoria que relata a trajetória desse decano do coronelismo político, não será uma reles e miserável trabalhadora que enfrentará a fúria bestial do dono de tudo e de todos.

Para chegar ao Palácio do Planalto e ocupar a principal cadeira, Dilma Rousseff flanou como quis no mentiroso slogan do governo Lula, ”Brasil, um país de todos”. A triste realidade que impera no Maranhão de Sarney e companhia mostra que o Brasil está a anos-luz de ser um país justo, assim como Dilma selou parceria política com alguém pouco recomendável.