Corte de R$ 50 bi no Orçamento inviabiliza concursos públicos e pode levar a uma rebelião de aprovados

Faca amolada – O corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União de 2011, anunciado na quarta-feira (9) por assessores da presidente Dilma Rousseff, faz parte da herança maldita deixada por Luiz Inácio da Silva à sua sucessora.

O encolhimento do orçamento, criticado por oposicionistas e que já provoca desconfiança em muitos, foi a saída encontrada pelo Palácio do Planalto para conter o déficit público e, por tabela, tentar combater a inflação, que dá mostras de resistência e sofre pressões do mercado externo, especialmente no setor de alimentos. Um dos segmentos que sentirá a puxada de freio palaciana é a das nomeações, que por enquanto estão aparentemente suspensas. Ao mesmo tempo, autoridades econômicas afirmaram que os processos de seleção serão minuciosamente avaliados antes da realização.

Se o governo cumprirá de fato que prometeu é algo difícil de adivinhar, mas um setor deve patrocinar uma enorme gritaria por conta da decisão. Os aprovados nos concursos, que aguardam por uma chamada do governo federal, terão de continuar esperando, pois difícil será abrir vagas em uma máquina partidarizada e com restrições orçamentárias. Acontece que quem presta concurso público e é aprovado conquista o direito de ser chamado em algum momento.

Mesmo diante de todo o transtorno que as falácias aspergidas por Lula da Silva durante oito anos seguidos, o PT muito estranhamente prefere um silêncio covarde.