Consumo de crack deixa de ser um “privilégio” das regiões urbanas e chega ao campo com força

Sem controle – O assustador aumento do consumo de crack entre os jovens fez com que o tema recheasse o discurso de alguns políticos na quinta-feira (10). Delegado de Polícia Federal e deputado eleito pelo PCdoB de São Paulo, Protógenes Queiroz, no discurso que fez no plenário da Câmara, deu destaque à escalada do crack, situação que na opinião do parlamentar destrói famílias e a juventude que dentro de alguns anos estará no comando do País.

Como se reverberasse o discurso do deputado-delegado, o PRB levou ao ar na noite de quinta-feira um programa político que focou o perigo dessa droga que vem se alastrando entre jovens e adolescentes em todo o País.

Diferentemente do que pensa a sociedade, o crack não é uma mazela típica de grandes centros urbanos. De alguns anos para cá, tem crescido de maneira impressionante o consumo de crack no campo, em especial por alguns que trabalham na lavoura. Barato, fácil de transportar e com menor probabilidade de ser detectado durante uma abordagem policial, o crack vem sendo consumido por pessoas que trabalham nas lavouras de cana de açúcar e soja.

Se o Estado, como um todo, não reunir todas as forças para combater um dos maiores males contemporâneos, dentro de alguns anos será impossível erradicar o consumo de crack das cidades brasileiras. Esse tipo de situação decorre também da falta de perspectiva enfrentada pelos jovens, do desemprego e da evasão escolar.