No prego – O Tribunal de Justiça de São Paulo, atendendo ao pedido de uma vítima, confirmou, em 9 de fevereiro passado, a penhora da sede da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, a Bancoop. A decisão, publicada somente nesta segunda-feira (21) na edição eletrônica do Diário de Justiça, é passível de recurso.
Na primeira instância, a Justiça paulista já havia decidido pela penhora da sede da entidade, em decorrência de ação proposta por uma cooperada que tem R$ 51 mil para receber da Bancoop. A cooperativa apresentou recurso e solicitou a substituição do bem penhorado, mas o Tribunal negou o pedido.
Alvo de processo criminal que investiga o desvio de R$ 70 milhões e prejuízo de R$ 100 milhões aos cooperados que acreditaram nas promessas dos dirigentes da entidade a investiram seus parcos recursos na aquisição da casa própria. De acordo o Ministério Público de São Paulo, parte do dinheiro desviado trilhou caminhos complexos, mas acabou no caixa da primeira campanha presidencial bem sucedida de Luiz Inácio da Silva.
Para o promotor José Carlos Blat, do MP paulista, a Bancoop é “uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002”.
Mesmo diante de um cipoal de provas e decisões contrárias da Justiça, o Partido dos Trabalhadores deve entronar, em 2012, o ínclito deputado federal Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente da Bancoop, na presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Essa sensação de impunidade que grassa pelo País é que tem levado a uma incontrolável onda de desmandos por parte da sociedade civil e que tem indignado os cidadãos de bem. Enquanto Berzoini aguarda a vez, a CCJ da Câmara será presidida pelo mensaleiro João Paulo Cunha, do PT de São Paulo. Como disse certa vez o abusado Luiz Inácio da Silva, “nunca antes na história deste país”.