Isolamento carnavalesco afastou Dilma dos problemas da capital potiguar para a Copa

Olhos vendados – Diferentemente do que fez durante a corrida rumo ao Palácio do Planalto, quando se mesclava ao povo para ludibriar a opinião pública e cabalar votos, a petista Dilma Rousseff preferiu se isolar durante o Carnaval, decretando inclusive regras de segurança absolutamente rígidas, dentre elas a proibição de telefones celulares no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Durante sua permanência na base da Força Aérea Brasileira, Dilma perdeu a oportunidade de verificar in loco os problemas de infraestrutura existentes na cidade de Natal.

Com população de aproximadamente 800 mil habitantes, a capital potiguar foi escolhida como uma das doze cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Sem a realização de nenhum evento de grande porte, Natal é uma cidade que vive o cotidiano com tranquilidade, a exemplo do que ocorre com outras capitais nordestinas. Durante a Copa de 2014, torcedores de outros estados da região, como Paraíba, Ceará, Pernambuco e Alagoas rumarão ao Rio Grande do Norte para acompanhar os jogos de uma das chaves da maior e mais badalada competição do futebol mundial, o que provocará o repentino aumento do número de pessoas e carros na cidade. Entusiasmadas com a chegada da Copa, empresários do setor de turismo temem pela lentidão que impera nas obras de adequação da cidade para o certame futebolístico.

Se nas estradas de acesso à cidade de Natal muitas vezes é impossível a circulação de dois ônibus simultaneamente (mão e contramão), no aeroporto Augusto Severo o prenuncio do caos já pode ser constatado com antecipação. Pequeno inclusive para atender a demanda atual, o aeroporto natalense deverá registrar sérios problemas se obras de ampliação não forem iniciadas imediatamente.

Como disse recentemente Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, o Brasil corre o sério risco de enfrentar um enorme vexame durante a Copa de 2014.