Eventual demissão de Mantega e pessimismo do Banco Central levam Dilma a falar em guerra à inflação

Bamboleio palaciano – Na quarta-feira (16), a presidente Dilma Rousseff anunciou que comandará uma verdadeira guerra contra a inflação. O anúncio ocorreu depois que a Esplanada dos Ministérios foi tomada pelos rumores de que o petista Guido Mantega deixaria o Ministério da Fazenda. O assunto ganhou viés de veracidade porque Mantega vem perdendo a batalha para a inflação, herança maldita deixada pelo messiânico Luiz Inácio da Silva, mas que o PT prefere fingir desconhecimento.

Mesmo com a ineficácia das recentes medidas tomadas pelas autoridades econômicas do governo, a presidente Dilma Rousseff recebeu o companheiro Guido Mantega em palácio na manhã de quarta-feira e, diante da boataria, esticou o encontro para um almoço reservado.

Dilma, que ainda não digeriu o cardápio oficial herdado do seu mentor eleitoral, continua creditando ser possível debelar o maior fantasma da economia nacional, a inflação, mas as chances de isso acontecer nos próximos meses são remotas. Prova disso é que o Banco Central, que na opinião das analistas do mercado financeiro jogou a toalha, anunciou que a inflação só deverá atingir a meta estipulada pelo governo em 2012.

Esse posicionamento do BC mostra não apenas a realidade da economia brasileira, mas torna inócuo o discurso de Dilma Rousseff sobre o pífio aumento do salário mínimo. E o trabalhador, que confiou aos líderes sindicais o pleito de reajuste salarial maior, será obrigado a apertar os cintos depois de uma falsa e produzida folga na cintura. Coisas inexplicáveis daquele “país de todos”.