Vinda de Obama ao Brasil mescla interesses comerciais ianques com detalhes absurdos de segurança

Mínimos detalhes – Com chegada em Brasília prevista para as 8 horas da manhã do próximo sábado (19), o presidente Barack Obama virá ao Brasil para discutir com Dilma Rousseff assuntos que interessam muito mais aos norte-americanos do que a nós, pobres brasileiros. Entre os tantos assuntos que constam da pauta do encontro está o interesse ianque de incrementar a relação entre os dois países, o que de certa forma ajudaria os Estados Unidos a abreviarem a crise econômica que ainda persiste por lá. Fora isso, há uma grande expectativa no setor de turismo de que Obama anuncie o fim da exigência de visto para os brasileiros que desejam ingressar na Terra do Tio Sam para turismo ou negócios, desde que a estada não ultrapasse noventa dias.

Tirante as filigranas dessa reunião que já desperta a atenção dos mandatários de quase todos os países latino-americanos, é preciso destacar que a aludida reciprocidade diplomática foi deixada de lado mais uma vez por parte da Casa Branca. Logo após deixar a capital dos brasileiros, Barack Obama, na companhia da mulher e das filhas, seguirá para o Rio de Janeiro. Para discursar aos cariocas, a assessoria de Obama e as autoridades fluminenses decidiram fechar a Cinelândia, no centro do Rio.

Engana-se quem pensa que a preparação do evento se resume ao mero isolamento da área. Para garantir a segurança de Barack Obama, agentes de segurança do governo norte-americano estão no Brasil há quase dois meses, rastreando tudo e todos, operação que acontece no Rio e em Brasília. Os locais que abrigarão o presidente estadunidense serão transformados, mesmo que temporariamente, em território norte-americano.

É verdade que muitos se indignarão com esse fato, mas é importante lembrar que por ocasião da vista de George W. Bush ao Brasil o entourage da Casa Branca atuou de forma idêntica. Naquela ocasião, os agentes da CIA chegaram com mais de um mês de antecedência e vasculharam até mesmo os e-mails dos hóspedes e moradores do hotel que serviu como quartel-general da comitiva de George Bush em Brasília. A área onde está localizado o Palácio da Alvorada foi declarada como sendo território dos Estados Unidos, como se no Brasil não existissem leis. Pelo menos foi isso que a reportagem do ucho.info ouviu de policiais militares do Distrito Federal destacados para reforçar a segurança de Bush, o filho

Para se ter ideia do grau de preocupação dos agentes com a segurança do presidente dos EUA, antes da chegada de George W. Bush à nossa querida e tresloucada Botocúndia um cargueiro da Força Aérea norte-americana trouxe suprimentos para a comitiva, inclusive água mineral, papel higiênico e papel de fax. Sem contar o Lincoln presidencial e os carros de segurança.

Diferentemente do que ocorre quando um presidente brasileiro desembarca nos Estados Unidos, aqui no Brasil os agentes de segurança de Barack Obama circulam o tempo todo com armas de fogo, quando a legislação determina que as mesmas devem ficar retidas nos aeroportos até a devida liberação. Em outras palavras, os brasilienses e cariocas que se preparem, pois o transtorno será monumental.