Bate e assopra – No discurso de estreia que faz nesse instante no plenário do Senado Federal, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) subiu à tribuna da Casa disposto a interromper o seu isolamento dentro do tucanato e para tanto não poupou ataques ao Partido dos Trabalhadores.
Aécio, que fez uma rápida retrospectiva da recente história política nacional, citando os ex-presidentes José Sarney e Itamar Franco, deu ênfase às conquistas de Fernando Henrique Cardoso, como a criação do Proer e o acesso da população aos serviços de telefonia por meio das privatizações das telefônicas. No contraponto, sob o olhar fulminante da senadora petista Marta Suplicy (SP), Aécio Neves insinuou que o PT gere o Estado em benefício próprio, não sem antes enfatizar o perigo que representa a ingerência da presidente Dilma Rousseff na administração da mineradora Vale.
Diante de um plenário absolutamente lotado, que registra a presença de mais de 65 senadores e acolhe dezenas de deputados federais, o mineiro Aécio Neves, para o desespero da claque lulista, lembrou que os votos conquistados nas urnas por um líder político não lhes confere o direito de ignorar o conjunto legal do Estado. O ex-governador de Minas Gerais, que nos últimos anos viveu em clima de lua de mel com Lula da Silva, apurou o veneno discursivo e não poupou críticas ao messiânico petista.
Com o esperado discurso da tarde desta quarta-feira (6), Aécio Neves ressurge na cena política do PSDB, que até então estava sob o comando silencioso e de coxia do ex-governador José Serra, também presente no plenário do Senado, que perdeu a corrida presidencial de 2010 para a neopetista Dilma Rousseff.
