Calou por quê? – De um tempo para cá, o Partido dos Trabalhadores, de forma desavergonhada, incluiu em seu cardápio o silêncio obsequioso, sempre acionado por conta da incompetência histórica de alguns companheiros e dos escândalos patrocinados por outros tantos.
Durante a era da tucana Yeda Crusius, os petistas gaúchos decidiram pegar carona na misteriosa morte de Marcelo Cavalcanti, chefe do escritório de representação do governo do Rio Grande do Sul em Brasília, cujo corpo foi encontrado no Lago Paranoá, que abraça a capital dos brasileiros.
À época, os petistas do Rio Grande do Sul, a reboque de estridente gritaria política, convocaram a ex-companheira de Cavalcanti para depor na CPI do Detran, com o objetivo de vincular a tragédia a algum escândalo envolvendo a então governadora Yeda Crusius. A insana operação teve o endosso de Tarso Genro, que na ocasião já mirava o Palácio Piratini, sede do governo da terra de chimangos e maragatos. Se os integrantes da mencionada CPI se ajoelharam não se sabe, mas nada foi provado contra a então governadora.
Na última semana, a Polícia Federal deflagrou operação para investigar desvios de dinheiro público e prendeu em Brasília ninguém menos que Francisco Narbal Alves Rodrigues, um velho e conhecido militante petista. Para quem não sabe, Francisco Narbal foi o braço direito de Tarso Genro nos ministérios da Educação e da Justiça. Atualmente, o enrolado companheiro ocupava, a mando de Tarso, o segundo cargo mais importante do tal escritório de representação do governo gaúcho na capital federal.
Em sua passagem pelo Ministério da Justiça, Tarso Genro indicou Narbal para comandar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci, do qual o governador se diz orgulhoso e que muitos petistas gazetearam pelo Brasil afora. Muito estranhamente, Tarso Genro, assim como inúmeros petistas barulhentos, adotou um silêncio quase sepulcral e se recusa a falar sobre o assunto.
Traduzindo para o nosso bom e velho idioma de nossa querida pátria amada, na condição de pedra o PT é implacável, mas como vidraça é de uma covardia vergonhosa e nauseante. Com a palavra, o silencioso Tarso Genro, cuja covardia é conhecida há décadas.