Santos renasce na Copa Libertadores com vitória de 2 a 1 sobre o paraguaio Cerro Porteño

Artista do jogo – Ainda sem vaga garantida nas oitavas de final da Copa Libertadores da América, mas agora dependendo das próprias forças para avançar, o Santos Futebol Clube deixou o campo com motivos de sobra para comemorar no dia em que completou 99 anos de história. Com a vitória por 2 a 1 sobre Cerro Porteño, no Paraguai, a equipe renasceu na competição e agora respira aliviada, sem precisar fazer contas na última rodada.

Com a vitória, o alvinegro praiano chega a oito pontos, mesmo total do vice-líder Cerro Porteño, e é o terceiro colocado do Grupo 5. Como os paraguaios têm um confronto direto com o líder Colo Colo na última rodada, o Peixe depende apenas de suas forças e se garante na próxima fase com uma vitória sobre o eliminado Deportivo Táchira, da Venezuela, informa o “Fifa.com”.

Todas as atenções estavam voltadas para Paulo Henrique Ganso na noite desta quinta-feira. Fosse em função dos rumores sobre sua possível negociação ou da responsabilidade extra diante da ausência de Neymar, Elano e Zé Eduardo, o camisa 10 estava no centro das atenções no estádio General Pablo Torres. Pois Ganso provou mais uma vez que responde bem sob pressão: na decisiva partida em Assunção, no Paraguai, o meia mostrou a inteligência de sempre e comandou a vitória do Santos por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño.

“Ganso foi o artista do jogo”, elogiou o técnico Muricy Ramalho, que conquistou sua primeira vitória no comando do Peixe. “Ele voltou a jogar no nível mais alto e fez a diferença. Muita gente me perguntou se eu não comentaria o que está acontecendo com ele, mas o que eu tenho que dizer é para ele jogar o que sabe. Jogou com muita vontade e alegria”.

Precisando de uma vitória para não depender de combinações de resultados, o time do Santos, a exemplo de Ganso, não se intimidou com a pressão e mesmo sem três de suas maiores armas – Neymar, Elano e Zé Eduardo foram expulsos na partida contra o Colo Colo, na última semana – dominou o rival em campo desde o início.

Aos 11 minutos, o improvisado Danilo limpou a marcação e soltou uma bomba da intermediária, sem chance para o goleiro Barreto. Ganso, que já havia desconcertado a zaga paraguaia com dois chapéus na primeira etapa, deu um passe preciso para Maikon Leite aumentar aos dois minutos do segundo tempo. Já aos 48, Pedro Benítez conseguiu descontar para o Cerro, mas não havia tempo para o empate e a festa santista estava garantida.