Profeta de camelô – Muitos nos criticaram quando afirmamos que pegar carona no anúncio da descoberta do pré-sal – a descoberta se deu há décadas – era um ufanismo maroto de Luiz Inácio da Silva, que desde então passou a circular pelo mundo como se fosse um xeique tropical do petróleo. Lula, boquirroto como sempre, fez questão de lambuzar as mãos com petróleo como se fosse ele o criador da Petrobras e o inventor do ouro negro das profundezas marítimas.
O messianismo de Lula, o qual mereceu – e a ainda merece – inúmeras críticas de nossa parte, começa a se esvair muito antes do previsto, pois nenhuma mentira dura o tempo todo. Mitômano compulsivo, Lula da Silva deixou de fazer palestras no Brasil, pelas quais recebe verdadeiras fortunas, para destilar o seu conhecido besteirol em terras estrangeiras. Se proferisse suas palestras na nossa desgovernada Botocúndia, Lula certamente seria cobrado das promessas que fez e das conquistas fraudulentas que anunciou.
Com o preço da gasolina nas alturas e a falta do combustível em quase todo o território nacional, a soberba petista deveria ser sepultada imediatamente, o que dificilmente acontecerá, pois o suado dinheiro do contribuinte há muito compra o silêncio conivente e criminoso de muitos veículos de comunicação.
Por ocasião da gazeta palaciana feita a partir do pré-sal, este site alertou para o perigo de se gastar antes de surgir o primeiro tostão do petróleo que ainda será explorado. Lembramos à época que qualquer resultado comercial do pré-sal demoraria no mínimo uma década para acontecer. Como Lula precisava eleger Dilma Rousseff, como forma de deixar sob o tapete as mazelas de um governo corrupto e fanfarrão, o petróleo do pré-sal, cuja quantidade e viabilidade ninguém sabe ao certo, passou à condição de catapulta dos interesses petistas.
O derrame irresponsável de carros em todas as cidades brasileiras fez com que o consumo de gasolina disparasse, pois a falta de uma política para o etanol impediu que o combustível limpo e renovável fosse produzido em quantidade suficiente para atender a demanda crescente. O nosso alerta foi feito logo após a COP-15, frustrado encontro de chefes de Estado e de governo para discutir o meio ambiente.
Como a anunciada auto-suficiência em petróleo ainda está por vir, e pode demorar algumas décadas, o Brasil tornou-se um cobiçado importador de gasolina. Lamentavelmente, os que nos criticaram no passado agora adotam um covarde e obsequioso silêncio, assim como fazem os parlamentares petistas que subiram às tribunas do Congresso para discutir a partilha do dinheiro do pré-sal.
Por enquanto, a única divisão equânime que temos à disposição é a conta gerada pelo impacto da falta de gasolina na economia, algo provocará um rombo de US$ 18 bilhões na balança comercial (resultado da importação de gasolina), sem contar a injeção de ânimo que tal cenário dará à malfadada e sempre temida inflação. Mesmo assim, o PT já deflagrou uma ação suicida para conquistar a classe média, a mesma que recebeu recentemente 36 milhões de novos integrantes, todos arremessados pelo crédito fácil e pelo consumo irresponsável.