Ministério da Integração será reestruturado, mas ministro evita polêmica sobre o atrasado trem-bala

Promessa – O Ministério da Integração Nacional deverá ser reestruturado com a criação de cinco secretarias nacionais em ato administrativo a ser assinado na quinta-feira (28) pela presidente Dilma Rousseff. A proposta, que foi elaborada pelos técnicos do ministério, está há uma semana na Casa Civil. O ministro Fernando Bezerra acredita que a nova disposição “dará agilidade aos projetos de interesse regional”.

Bezerra participou nesta quarta-feira (27) do café da manhã da Bancada do Nordeste, que confirmou por aclamação o deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) na coordenação do grupo de quase 150 parlamentares. Na entrevista ao ucho.info o ministro garantiu que a reestruturação do ministério não representará a criação de novos cargos ou despesas adicionais da máquina pública. “Não estamos ampliando o número de órgãos, mas fazendo uma fusão”, explica.

Entre as cinco secretarias que terão novas denominações, Fernando Bezerra destaca a Secretaria Nacional de Irrigação e de Financiamento e Incentivos Fiscais. Esta última estaria vinculada aos projetos financiados pelos fundos como o FNE, o FCO e o Fundo de Desenvolvimento Regional da Amazônia, que deverá ser criado.

Provocado pela reportagem do site, o ministro evitou polêmicas sobre o trem-bala que ligará São Paulo e o Rio de Janeiro. O projeto avaliado inicialmente em quase R$ 30 bilhões será gerenciado pelo Ministério dos Transportes. Esse dinheiro não seria suficiente para ampliar e melhorar toda a malha ferroviária do Nordeste? Quis saber o repórter. Fernando Bezerra sorriu como que a concordar com a pergunta, mas respondeu que o projeto “é bom para a região Sudeste”.

Na reunião com os deputados nordestinos, o ministro da Integração Nacional afirmou que o desafio não é o crescimento, mas “fazer continuar o crescimento”. Avisou que a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) deverá ter um papel de planejamento da região, priorizando grandes obras como a ligação ferroviária entre os estados. “Haverá uma série de debates e reflexões” sobre temas diversos dentro da Sudene, explica.