Mais três representações contra Jair Bolsonaro, que fez supostas críticas a homossexuais

Outra polêmica – O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) será notificado pela Corregedoria da Câmara em mais três representações por quebra de decoro parlamentar e ofensa à debilidade da pessoa humana. Elas foram protocoladas nesta semana e serão fundidas com mais quatro que já são do conhecimento do parlamentar. Todas são referentes às suas supostas declarações homofóbicas em entrevista a um programa de televisão.

A assessoria do deputado informou que não tinha conhecimento das três últimas representações da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP ), da Procuradoria da Mulher e da OAB do Rio de Janeiro. Bolsonaro viajou ao Rio de Janeiro e o chefe de gabinete não foi localizado pela reportagem do ucho.info.

A Corregedoria informou que as notificações seriam entregues ainda nesta quinta-feira (28) ou na próxima semana, quando termina o prazo regimental. Serão feitas três tentativas e no caso de insucesso as notificações serão publicadas no Diário Oficial da União, abrindo dessa maneira o prazo legal para a defesa.

Na noite de quarta-feira (27), o corregedor deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) antecipou à reportagem que pretende encaminhar o seu relatório nos próximos dias à Mesa Diretora. O texto poderá ser levado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e, se necessário, serão feitas as oitivas inclusive com o depoimento de Bolsonaro.

Na quarta-feira, o deputado Jair Bolsonaro voltou a provocar momentos de constrangimento ao criticar homossexuais durante audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, destinada a debater segurança pública com o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo. Segundo informou o “G1”, depois de tornar a dizer que “não teria orgulho de ter um filho gay” e criticar a ideia do Ministério da Educação de divulgar vídeos anti-homofobia nas escolas, o parlamentar do PP traçou um paralelo entre uma “professora prostituta” e o deputado assumidamente homossexual Jean Wyllys (PSOL-RJ), que seria, segundo Bolsonaro, “o professor de homossexualismo da Câmara”, como interpretou o próprio Wyllys.