Fogo amigo – Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota divulgou nesta segunda-feira (2) nota sobre o anúncio da morte do terrorista fundamentalista Osama Bin Laden, que segundo a Casa Branca foi assassinado em Islamabad, capital da Paquistão, por tropa de elite da Marinha norte-americana.
No documento, Patriota faz afirmações que contrariam a ideologia de Dilma Rousseff e boa parte dos mais próximos assessores da presidente da República. Ao mencionar o terrorista, o chanceler brasileiro afirmou que Bin Laden “contribuía direta e indiretamente para que se estigmatizasse o mundo islâmico, onde as alternativas seriam a autocracia e o fundamentalismo”. “E nós sabemos que não é esse o caso”, destacou o ministro.
Em outro trecho, Antonio Patriota informou que o governo brasileiro “condena o terrorismo sobre todas as suas formas de manifestação”. Mais adiante, o ministro de Relações Exteriores salientou que “à medida que a Al Qaeda e Osama Bin Laden estiveram e ainda estão por trás de estratégias políticas que privilegiam atos terroristas, nós só podemos nos solidarizar com as vítimas e com aqueles que buscam a justiça”.
Considerando que esse é de fato o pensamento do governo brasileiro, Dilma Rousseff, que passou para a história política nacional por atos de terrorismo praticados durante a ditadura militar, tem mentido para si mesma ou está disposta a ludibriar a opinião pública, repetindo a burla que Lula adotou contra a sociedade brasileira nos oito anos em que ocupou o Palácio do Planalto.
Fosse o Brasil um país minimamente sério e a chancelaria verde-loura agarrada à coerência, Antonio Patriota se recusaria a assinar a mencionada nota oficial e teria apresentado seu pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff.
É de suma importância lembrar que enquanto a esquerda brasileira recrudesce a discussão sobre a criação da comissão da verdade, para julgar os militares que participaram de atos de tortura durante os plúmbeos anos, os terroristas de então querem engrossar a fila dos injustiçados, quando na verdade o mais justo seria dispensar tratamento isonômico aos envolvidos no mais triste período da história política nacional. Até porque, de acordo com a Constituição Federal em vigor, todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. Ou será que os atuais donos do poder são mais iguais que a maioria?