Interferência do governo – A Câmara dos Deputados deve votar ainda nesta terça-feira (3) a urgência do projeto de lei que altera o Código Florestal Brasileiro. O acordo precário foi anunciado há pouco, após uma reunião dos líderes das bancadas e diversas ligações telefônicas com o Palácio do Planalto. O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), e o próprio relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), estiveram na Casa Civil com o ministro-chefe Antônio Palocci Filho.
Por conta das incertezas em torno da matéria, ainda não se sabe se o mérito do projeto e as emendas serão discutidos e votados na quarta-feira. Há muita discussão nos corredores e alguns parlamentares entendem que há muita interferência do governo federal no assunto. “Esse pessoal deveria ter o saco roxo e votar logo isso”, desabafou o deputado Moreira Mendes (PPS-RO).
Há instantes, o líder Cândido Vaccarezza disse que o governo não está pensando em adiar a votação do Código Florestal, apesar da pressão de alguns partidos, como o PV e o PT. Ambas as legendas, em especial o PV, defendem mais tempo para aprofundar as discussões sobre vários pontos do código.
A votação da urgência acontecerá após a sessão conjunta da Câmara e do Senado. O Congresso Nacional foi convocado unicamente para aprovar e votar a lista de parlamentares que integrarão o Parlamento do Mercosul. O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), segundo vice-presidente da Câmara, disse que a lista dos 28 parlamentares ainda não chegou à Mesa Diretora. Os nomes serão encaminhados pelos líderes de cada bancada das duas Casas.
Este ano será a última vez que o Parlamento indicará os membros para o Parlasul, sendo que nas próximas eleições a escolha será exclusiva e ficará a cargo dos eleitores. O número de vagas será ampliado para trinta e oito.
