Deputados chegam a entendimento sobre o Código Florestal, mas acordo ainda está na seara da dúvida

Andando de lado – Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) reuniu parlamentares em sua residência, na capital dos brasileiros, na tentativa de costurar um acordo que garanta a votação do Código Florestal Brasileiro ainda nesta terça-feira (10). O encontro patrocinou um entendimento entre os representantes partidários, o que não significa que o acordo esteja garantido.

O Palácio do Planalto, que trabalha para adiar a votação, o que daria ao governo da presidente Dilma Rousseff mais tempo para vencer alguns obstáculos que rondam o tema, bate o pé em questões já destacadas pelo ucho.info, como a reserva legal e as áreas de proteção permanente.

Relator do projeto de lei que estabelece o novo Código Florestal Brasileiro, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) está disposto a inserir no texto todas as exceções apresentadas até então, evitando dessa maneira que o governo federal lance mão de um decreto presidencial para solucionar a questão, atitude que remeteria o País aos plúmbeos anos da ditadura militar.

Um eventual novo texto está sendo esperado para as 18 horas desta terça-feira, com chances de ser lido e votado no plenário da Câmara. Parte dos parlamentares que integram a base de apoio ao governo Dilma são favoráveis à votação da matéria ainda na noite desta terça, mas o restante insiste na tese do adiamento. O Planalto, por sua vez, concorda com questões pontuais do novo Código Florestal, inclusive aceitando a atual classificação das propriedades rurais familiares e de cooperativas.

Visivelmente cansado por conta da demora que tomou conta da discussão sobre o projeto de lei que cria o novo Código Florestal, o deputado-relator Aldo Rebelo definiu a atual situação como “bóia de urtiga”, que mesmo provocando coceira acaba salvando quem está à deriva no rio.