PT defende o Código Florestal e a preservação ambiental, mas Lula entupiu as cidades com carros novos

Papo furado – Horas antes de mudar de lado e passar a defender o adiamento da votação do novo Código Florestal Brasileiro, cujo relatório teve a rubrica do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o Partido dos Trabalhadores tentava convencer os parlamentares da base aliada sobre a importância de se aprovar a matéria ainda na noite de quarta-feira (11), processo que poderia avançar pela madrugada desta quinta-feira.

Entre os tantos oradores petistas que defenderam a aprovação no Código, o deputado pernambucano Fernando Ferro abusou das sandices discursivas ao falar sobre as políticas ambientais adotadas pelo então presidente Luiz Inácio da Silva, como se o profético petista fosse a derradeira solução para os problemas do planeta.

Ao se tratar de questões ambientais o raciocínio não pode ficar estanque aos limites dos assuntos que envolvem florestas e biomas, mas, sim, ser mais amplo e abrangente a ponto de incluir nessa discussão a emissão de poluentes.

Quando participou da COP 15, em Copenhague, Lula mostrou-se contrariado diante da impossibilidade de os países emergentes e em desenvolvimento continuarem poluindo o planeta, em detrimento de uma redução na emissão de poluentes por parte das nações desenvolvidas. Com a economia mundial cada vez mais vulnerável, nenhum país, desenvolvido ou não, pode se dar ao luxo de encolher sua atividade econômica para contemplar os anseios dos emergentes.

Enquanto Lula falava, na capital dinamarquesa, sobre controle da poluição, o governo brasileiro despejava nas ruas e avenidas milhões de novos carros, a reboque da política adotada para incentivar o consumo interno e minimizar os efeitos da crise financeira internacional, a tal da “marolinha”.

Questões ambientais, se o deputado Fernando Ferro não sabe, passam obrigatoriamente pela emissão de gases poluentes por veículos automotores. E de nada adianta os petistas falarem em matriz energética limpa, se o etanol, combustível derivado da cana-de-açúcar, passa a maior parte do tempo na condição de produto que não compensa financeiramente aos donos de veículos.

Fato é que esse discurso messiânico do PT já está com o prazo vencido e a oposição precisa dar um basta nessa história criminosa de aceitar o desfile do rolo compressor palaciano nos corredores do Congresso Nacional.