Metrô de SP: Lula, o messiânico, fala sobre preconceito, mas não se lembra do termo “simples caseiro”

É bom lembrar – Na última semana, a decisão do governo paulista de recuar diante do protesto dos moradores de Higienópolis, bairro de classe média-alta na Zona Oeste da cidade de São Paulo, que não querem a construção de uma estação do Metrô na região, abriu enorme flanco para os oportunistas de plantão, assim como para que muitos exalassem o preconceito de forma assustadora.

Entre os que aproveitaram a chance está o messiânico Luiz Inácio da Silva, que longe do poder retomou a sua porção populista, pois uma volta do ex-metalúrgico ao Palácio do Planalto em 2014 é dada como certa. Meses depois de ter desembarcado na Presidência da República, Lula começou a abandonar aqueles que o elegeram. Sempre atendendo aos anseios daqueles que financiaram suas campanhas – as oligarquias de direita – Lula passou a vilipendiar os direitos dos cidadãos ao concordar com uma política de juros absurda, que serviu apenas para engordar os cofres dos banqueiros. E nos oito anos da era lulista os banqueiros lucraram como nunca.

Tão logo a polêmica sobre Metrô do bairro de Higienópolis ganhou os veículos de comunicação, Lula da Silva não perdeu a oportunidade e disse que a manifestação de parcela da população paulistana era fruto do preconceito. Tudo porque alguns moradores alegaram que uma estação do Metrô levaria ao bairro pessoas de outras regiões da cidade, o que para uma elite burra e preconceituosa trata-se de algo indesejável.

Lula não está errado ao entender que se trata de mero preconceito, mas o ex-presidente não pode se esquecer das próprias palavras por ocasião do escândalo que tirou de Antonio Palocci Filho o Ministério da Fazenda. À época, Palocci se valeu da quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa para desqualificar as palavras do caseiro que acusou o então ministro de frequentar com assiduidade uma mansão, em Brasília, onde petistas da região de Ribeirão Preto ser reuniam para tratar de negócios nada ortodoxos e para encontros com mulheres de programa.

Para defender o companheiro de partido, que durante o episódio ficou sob o intenso palavrório da oposição, Lula se referiu a Francenildo Costa como “simples caseiro”. Em outras palavras, Luiz Inácio da Silva não tem moral para falar sobre preconceito.