Após violar os sigilos de Verônica Serra e do caseiro Nildo, PT defende Antonio Palocci de forma insana

Dois pesos – Quando algum companheiro encontra-se em situação de dificuldade, os petistas são céleres ao lançar mão do conjunto de leis do País. Com o escândalo envolvendo o ministro Antonio Palocci Filho ganhando a cada dia um novo e explosivo capítulo, o PT decidiu questionar a prefeitura de São Paulo sobre eventuais vazamentos de informações fiscais da empresa de consultoria Projeto, de propriedade do chefe da Casa Civil.

Como noticiado na edição de terça-feira (24), o vereador José Américo (PT-SP) protocolou requerimento em que pede informações à Secretaria de Finanças do município, na tentativa de criar uma cortina de fumaça que consiga abafar o primeiro escândalo do governo da neopetista Dilma Rousseff.

A tentativa tem tudo para fracassar, pois a quebra de sigilo fiscal depende de autorização da Justiça, de acordo com o que determina a legislação vigente. Essa manobra desesperada do Partido dos Trabalhadores tem um só objetivo. Esconder ao máximo a real atividade da empresa de consultoria financeira de Palocci, que pode ter gerenciado o caixa 2 da campanha milionária de Dilma Rousseff, que pelos cálculos feitos pelos jornalistas do ucho.info não saiu por menos de US$ 300 milhões.

Porém, causa espécie o fato de os mesmos petistas que ora defendem o ministro-chefe da Casa Civil não terem adotado postura semelhante por ocasião da quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa, o caseiro Nildo, que teve violados os dados de sua conta na Caixa Econômica Federal, operação que beneficiou Antonio Palocci Filho, então ministro da Fazenda. Situação idêntica ocorreu no caso da violação do sigilo fiscal da empresária Verônica Serra, filha do ex-governador José Serra, e do seu marido, Alexandre Bourgeois. Mesmo assim, o Palácio do Planalto já pensa em acionar a Polícia Federal para investigar o suposto vazamento de dados da empresa de Palocci.

Que os políticos desconhecem o significado da palavra coerência todos sabem, mas essa dualidade interpretativa do PT provoca náuseas, não sem antes ser mais um anúncio de que o Brasil está a um passo de experimentar uma ditadura civil, com detalhes de absolutismo sem precedentes.