Emirados Árabes – Dois títulos na temporada, 19 gols marcados em 31 jogos e a terceira posição entre os artilheiros da liga nacional. Os números poderiam muito bem pertencer a estrelas brasileiras como Hulk ou Alexandre Pato, mas não. O responsável é Jader Volnei Spindler, o Baré, que acabou de se sagrar campeão nos Emirados Árabes Unidos ao lado de Abel Braga no Al Jazira. Um jogador pouco conhecido no Brasil, mas que vem acumulando taças e feitos em mais de uma década na Ásia.
O continente que adotou o gaúcho de Venâncio Aires, aliás, foi generoso e lhe deu algo que talvez nunca tivesse obtido no Brasil: o reconhecimento. Em retribuição, decidiu não trilhar caminho semelhante ao de jogadores como o próprio Hulk ou Edu, do Schalke 04, que se consolidaram na Ásia antes de brilhar no Velho Continente. Nem mesmo quando a oportunidade bateu a sua porta. Aos 29 anos, Baré seguiu no Oriente e hoje, com a consciência tranquila, vive um dos melhores momentos da carreira. Tudo isso sem nunca ter alcançado fama internacional.
“Cada jogador chega aonde quer chegar. Eu nunca trabalhei para ser famoso, nunca tive sonho de chegar à Seleção e até abri mão de algumas coisas que me ajudariam a ser mais conhecido”, conta, lúcido, em entrevista ao “Fifa.com” . “Tive propostas para ir para times de expressão na Europa, mas recusei e não me arrependo. Também não me sinto menos realizado por não ter jogado lá ou no Brasil. Pelo contrário, batalhei para chegar aqui e estou feliz e motivado.”
