O cartola Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão é do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
O magistrado nomeou um dos vice-presidentes da entidade, Fernando Sarney, como interventor e determinou a convocação de novas eleições “o mais rápido possível”.
“DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES, HOMOLOGADO OUTRORA PELA CORTE SUPERIOR, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido por CORONEL NUNES”, escreveu Zéfiro em sua decisão.
Nomeado interventor, Fernando Sarney é um dos atuais vice-presidentes da CBF, mas rompeu politicamente com Ednaldo e faz parte da oposição. Sarney não integrou a chapa da reeleição do presidente por aclamação em 24 de março. Contudo, seu mandato como vice da entidade terminará em março de 2026.
Na última semana, dois requerimentos ao STF tinham como objeto o afastamento de Ednaldo Rodrigues do comando da CBF. O argumento da deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e do próprio Fernando Sarney era de que foi falsificada a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, no documento de acordo firmado no início do deste ano. Há também laudo pericial indicando que a assinatura é falsa.
O citado acordo, assinado por cinco dirigentes, encerrou a ação questionando o processo eleitoral da CBF e viabilizando o pleito de março passado que manteve Ednaldo na presidência. Confirmada a falsidade da assinatura de Nunes, o documento perde a validade, argumentam Daniela do Waguinho e Fernando Sarney.
O caso voltou para o TJ-RJ por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No passado dia 7, o ministro negou o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues, mas determinou o envio do caso ao TJ-RJ para “apuração imediata e urgente… dos fatos narrados nas petições”.
Ato contínuo, o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro pediu para ouvir o Coronel Nunes na última segunda-feira. No entanto, o advogado do ex-presidente da CBF afirmou que ele não compareceria por razões de saúde. O desembargador cancelou a audiência e nesta quinta-feira decidiu pelo afastamento do presidente da CBF.
Trata-se do segundo afastamento de Ednaldo Rodrigues por decisão do TJ-RJ. O primeiro ocorreu em dezembro de 2023. Um mês depois, Ednaldo voltou ao comando da CBF por decisão do ministro Gilmar Mendes.
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