Base governista apresenta questão de ordem para anular votação em Comissão e salvar Palocci

Saída pela esquerda – Líder do governo na Câmara dos Deputados, o petista Cândido Vaccarezza (SP) disse há instantes que está pronto o documento que invoca questão de ordem para que seja anulada a votação desta quarta-feira (1) na Comissão de Agricultura da Casa que aprovou requerimento convocando o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci Filho, para explicar sua meteórica evolução patrimonial.

Vaccarezza alega que a orientação das bancadas foi desrespeitada na votação simbólica que aprovou o requerimento de convocação de Palocci Filho e que o resultado proclamado pelo presidente da Comissão, deputado Lira Maia (DEM-PA), foi oposto ao que de fato ocorreu na sessão, ou seja, a rejeição do pedido.

Líder do Democratas na Casa, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) afirmou que o vídeo da reunião da Comissão de Agricultura prova que a votação foi normal e que o Palácio do Planalto errou ao adotar uma estratégia equivocada.

Fato é que o assunto ainda deve render desdobramentos dos mais variados, sendo que o pedido de anulação dependerá do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (RS), que é do PT, mesmo partido de Palocci Filho. A oposição promete ir ao Supremo Tribunal Federal se a votação for anulada.

Se “o governo não tem medo e o ministro Palocci também não tem medo”, como afirmou na tarde desta quarta-feira o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio (PT-RJ), não há razão para o chefe da Casa Civil evitar as explicações, pois basta apresentar a lista de clientes e os valores recebidos. Quanto mais tempo passa, mais a oposição recupera o vigor para enfrentar o Palácio do Planalto.

Toda essa confusão mostra de maneira clara e incontestável que a presidente Dilma Vana Rousseff, que foi apresentada ao eleitorado verde-louro como sendo a continuidade de Lula da Silva, está a anos-luz de distância de seu mentor eleitoral.

Confira abaixo o vídeo da sessão da Comissão de Agricultura que aprovou a convocação do ministro Antonio Palocci Filho