Greve – Na última sexta-feira (27), o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), admitiu em entrevista à “Rádio Metrópole” que a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci Filho (PT) foi espantosa. “Se foi ganho dentro de um trabalho normal, é mérito dele, mas chama a atenção, em um ano de consultoria, ganhar R$ 20 milhões. Todo mundo se surpreende, porque é um rendimento muito grande. Chama a atenção”.
A declaração foi feita apenas quatro dias após o governador baiano se reunir com outros quatro chefes de Executivo estadual petistas para declarar apoio a Palocci. Na mesma entrevista, Wagner considerou ainda que a divulgação das informações sobre o enriquecimento do homem-forte da presidente Dilma Rousseff “tumultuou o ambiente político” no país.
Nesta quarta-feira (1), o governador se espantou mais uma vez. Ele foi surpreendido com uma representação criminal no Ministério Público. O pedido pede a prisão de Jaques Wagner e dos secretários de Educação, Osvaldo Barreto, e de Administração, Manoel Vitório.
O documento é assinado pelo sindicato dos professores da universidade estadual, segundo informa o “Bahia Notícias”. A categoria está em greve desde 26 de abril, alegam que governador e secretários não cumpriram a decisão liminar da Justiça, proferida em 19 de maio, que determinou o pagamento dos salários que estavam congelados por conta da paralisação.
De acordo com a assessoria da Adufs, o governo não acatou a decisão de pagar os salários de abril e voltou a cortar os numerários de maio. Uma comissão formada por professores, estudantes, técnicos e funcionários foi recebida pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT), para discutir a greve.