Polícia paulista prende ladrões de caixas eletrônicos, mas fornecedor de dinamite ainda é mistério

Pelos ares – Nos trabalhos de investigação para desvendar a onda de roubos a caixas eletrônicos em São Paulo, a Polícia Civil descobriu que policiais militares participavam das operações criminosas. De acordo com o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), vinte e seis policiais militares podem estar envolvidos com as quadrilhas que se especializaram nesse tipo de ação.

Tal resultado ameniza temporariamente a briga entre o titular da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, e a Polícia Civil, descontente desde que o secretario assumiu a pasta ainda no governo de José Serra. Ferreira Pinto, um ex-oficial da PM, vinha fazendo acusações generalizadas aos policiais civis, colocando-os sem distinção na seara da corrupção e outras transgressões.

Para evitar que os ataques perdessem a eficácia, os bandidos passaram a usar dinamite para destruir os caixas eletrônicos. Como alertaram os jornalistas do ucho.info, o uso inadequado de explosivos poderia em algum momento provocar uma tragédia, já que alguns caixas eletrônicos funcionam em postos de combustíveis. E foi exatamente o que aconteceu. A tentativa de explodir um caixa eletrônico instalado em um pequeno supermercado na região de Osasco, na Grande São Paulo, colocou metade do estabelecimento abaixo.

No desdobramento das investigações é preciso que as autoridades identifiquem e prendam os fornecedores de explosivos, pois o uso inadequado do produto pode madar pelos ares um quarteirão inteiro.