Explicações do ministro-consultor Antonio Palocci foram evasivas e previamente ensaiadas

Vestido para enganar – Como antecipou o ucho.info, a entrevista de Antonio Palocci Filho ao Jornal Nacional, levada ao ar há instantes, aconteceu no melhor estilo “missa encomendada”, pois perguntas e respostas deixaram a desejar.

Sobre a meteórica e milionária evolução patrimonial, Palocci Filho simplesmente não respondeu. Contudo, o ministro-chefe da Casa Civil deu uma explicação no mínimo estapafúrdia para justificar o faturamento de R$ 10 milhões nos dois últimos meses de 2010, quando ele já integrava a equipe de transição de Dilma Vana Rousseff. Palocci disse que o faturamento, próximo do número divulgado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, se deu porque os contratos com os clientes foram interrompidos por causa do convite que recebeu para integrar o governo federal. Ou seja, Antonio Palocci Filho conseguiu o que todo empresário sonha em conseguir. Não pagar multa por rescisão contratual.

Diferentemente do que afirmou Palocci, uma ex-colaboradora da “Projeto Consultoria” afirmou ao ucho.info que o ministro não tinha tempo para consultorias e palestras, pois passava a maior parte do tempo em Brasília. A nossa entrevistada lembrou que os assuntos relacionados à emissão de notas fiscais, todas absolutamente legais, era fiscalizada por Brani Kontic, assessor de Palocci e que atualmente tem cargo de direção na Casa Civil.

Resumindo, se Palocci não mentiu durante a entrevista, por certo ele não disse toda a verdade. Pois se assim o fizesse, muita confusão aconteceria no Palácio do Planalto, a começar pela sua demissão.