Trinca de ases – Enquanto Antonio Palocci Filho, que deixou a Casa Civil no começo da noite desta terça-feira (7), o PT palaciano tratava de encontrar um substituto para o cargo. Na lista de cotados, três nomes merecem destaque. Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva puxa a fila dos prováveis substitutos de Palocci, mas no momento o seu estilo falastrão saiu de cena, o que reforça o seu cacife político.
Casada com Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, é outro nome no topo da lista. No momento em que Palocci Filho se escondia sob um silêncio sepulcral, Gleisi tratou de minar o campo do companheiro de partido.
Nessa dança de cadeiras na Casa Civil, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também está no páreo, especialmente por ter trabalhado com Dilma Rousseff no governo Lula, ocasião em que coordenou as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o encruado PAC.
Independentemente de quem seja o escolhido, a definição do nome do próximo chefe da Casa Civil passará obrigatoriamente pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Não custa lembrar que Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento durante a era Lula, a quem serviu com obediência e fidalguia. Já a senadora Gleisi Hoffmann, que sob as bênçãos de Luiz Inácio assumiu a diretoria financeira do capítulo brasileiro da usina de Itaipu, por certo rezará pela cartilha do marido.
Ex-mulher de Celso Daniel, a ministra Miriam Belchior é pessoa da confiança de Lula. Afinal, após o trágico e covarde assassinato do então prefeito de Santo André, Miriam foi guindada ao Palácio do Planalto, uma espécie de proteção com a chancela palaciana. No caso de ser escolhida para chefiar a Casa Civil, Miriam Belchior poderá retomar o convívio diário com um velho companheiro das entranhas de Santo André, o agora secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Logo após a morte de Celso Daniel, a polícia flagrou Carvalho afirmando, durante telefonema, que Ivone Santa, então namorada de Celso Daniel, estava desempenhando bem o papel de viúva. Tudo no melhor estilo macabro.
Em outras palavras, não importa quem será o escolhido por Dilma Rousseff, pois o governo federal está sem comando, para não afirmar que a presidente é um fantoche do messiânico Luiz Inácio da Silva.