Alta dos juros pelo BC aniquila os discursos palacianos e aumenta o contingente de miseráveis

Tiro no pé – No final da quarta-feira (8), quando o Brasil ainda digeria a mudança no comando da Casa Civil e acompanhava o julgamento do caso do terrorista italiano Cesare Battisti, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) o aumento de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, que agora passa a valer 12,25% ao ano. Com isso, o Brasil continua na condição do país que pratica a mais alta taxa de juro do planeta.

A decisão do Copom, que tem como objetivo conter ainda mais o consumo, mostra a nocividade daquele fatídico pedido de Luiz Inácio da Silva, no final de 2008, para que os brasileiros fossem às compras como forma de tentar minimizar os efeitos da crise financeira internacional, a tal da “marolinha”. O excesso de consumo que o BC agora tenta frear resultou do crédito fácil e irresponsável, algo perigoso e que mereceu alerta por parte dos jornalistas do ucho.info, que na opinião do messiânico torcem contra o País.

Fora isso, o aumento da taxa básica de juros invalida o discurso do Palácio do Planalto, de que 36 milhões de pessoas ingressaram na classe média, o que aconteceu sem o crescimento do poder de compra do consumidor e da sua respectiva capacidade financeira. Prova maior são os índices de inadimplência e o grau de endividamento das famílias brasileiras.

Na campanha publicitária recentemente pelo governo da presidente Dilma Rousseff para gazetear o projeto “Brasil sem Miséria”, os palacianos não se sentiram incomodados ao inserir no texto do material de divulgação a informação de que milhões de brasileiros mudaram de classe social. Essa fanfarrice do Palácio do Planalto balança quando o Copom se reúne e cai por terra a cada aumento dos juros.

Tal situação faz com que o trabalhador torne-se cada vez mais pobre, pois juros altos e inflação fora de controle são corrosivos do salário. Mesmo assim, as instituições financeiras oficiais continuam ofertando crédito e empurrando o incauto correntista para o cheque especial, modalidade de crédito que não passa de armadilha covarde e voraz.