Eventos esportivos em São Paulo deixam claro que o Brasil não tem condições de sediar a Copa

Cenário de caos – No último final de semana, São Paulo, a mais rica e populosa cidade brasileira, deu mostras que o País está a anos-luz de ter condições para sediar um evento da magnitude da Copa do Mundo da FIFA, o maior evento do futebol mundial.

No sábado (18), momentos antes de a seleção brasileira de vôlei pisar na quadra para enfrentar a equipe de Porto Rico, guardadores de automóveis, os sempre inconvenientes e extorsivos “flanelinhas”, faziam a festa nas ruas próximas ao Ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul da capital paulista. Estacionar um carro na rua, local público, não saía por menos de R$ 20. Sob a garantia de que tudo estaria na mais perfeita ordem ao final da partida de voleibol, os “flanelinhas” acomodavam os carros em local proibido, sob ostensivas e vistosas placas de “proibido estacionar”. Minutos antes do início da partida, agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego ficaram cansados de tanto lavrar multas. O abuso foi tamanho, que alguns veículos tiveram de ser guinchados. Com a chegada dos agentes da CET, os guardadores de carro bateram em retirada e com os bolsos bem cheios.

No domingo (19), dia em que muitos paulistanos que trabalham seis dias por semana aproveitam para descansar e cuidar de assuntos domésticos, a Zona Sul da cidade ficou intransitável por conta da Maratona Internacional de São Paulo, que teve como vencedores a marroquina Samira Raif e o queniano David Kemboi, nas categorias feminino e masculino, respectivamente. Com o isolamento da região no entorno do Parque do Ibirapuera, o trânsito parou em importantes avenidas, muitas delas que funcionam como acesso a importantes hospitais da cidade. Às 14 horas, depois do encerramento oficial da prova, o trânsito ainda sentia os reflexos do bloqueio das vias paulistanas.

Não é difícil imaginar o que deve acontecer por ocasião da Copa do Mundo de 2014, quando os incautos visitantes ficarão parados no trânsito sempre caótico ou serão vilipendiados pelos alarifes que as autoridades policiais conhecem, mas se negam a prendê-los.