Vaga de conselheiro do Tribunal de Contas da União é disputada por três partidos políticos

Cachorro grande – Ser conselheiro do Tribunal de Contas sempre foi o cargo mais cobiçado pelos afilhados políticos. A última prova foi a renúncia da senadora tucana Marisa Serrano aos quase quatro anos de mandato na Câmara Alta. Preferiu se estabelecer no Tribunal de Contas do Mato Grosso do Suila ter de disputar novas eleições em difíceis embates. Nem que para isso tivesse de contar com a ajuda de adversários para integrar o conselho de sete membros, inclusive do governador André Puccinelli (PMDB).

Se nos estados a disputa por uma vaga nos TCEs é medida palmo a palmo, no Tribunal de Contas da União as oportunidades se aproximam da histeria. As artimanhas políticas ocorrem sempre com a possibilidade de um conselheiro deixar compulsoriamente a vaga.

A bola da vez é a cadeira ocupada pelo conselheiro Ubiratan Aguiar, que será aposentado ainda neste ano. TCU possui nove conselheiros. O último empossado foi o ex-deputado e ex-ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro Filho, que integrava os quadros do PTB.

A vaga que será aberta no TCU abriu o apetite dos partidos políticos e atualmente há pelo menos três candidatos à vaga a ser indicada pela Câmara dos Deputados. São eles: os deputados Aldo Rebelo, do PCdoB de São Paulo, Ana Arraes, do PSB de Pernambuco, e Sérgio Barradas Carneiro, do PT da Bahia.

Ana teria o apoio do ex-presidente Lula da Silva e do seu filho, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB). Aldo seria uma espécie de reserva de primeiro time, cuja indicação estaria sendo alimentada pelo Palácio do Planalto. Barradas Carneiro seria um candidato da bancada petista, que poderia colocar areia principalmente nas pretensões de Ana, campeã de votos nas eleições de 2008.