Polícia faz esquema especial de segurança para as manifestações de trabalhadores em Brasília

Pauta variada – O sistema policial do Distrito Federal e as polícias legislativas da Câmara e do Senado estão com esquema de segurança reforçado desde terça-feira (5). O sistema foi adotado para evitar invasões especialmente no Congresso Nacional, por conta das mobilizações sindicais patrocinadas pelas centrais sindicais e pelos sindicatos dos servidores públicos.

A categoria iniciou mobilização nacional para pressionar o governo federal a conceder novos reajustes salariais. Nos hospitais das universidades públicas, os servidores estão de braços cruzados há mais de duas semanas. O grupo deverá reforçar as manifestações que terão a participação de trabalhadores do setor privado.

Os celetistas capitaneados pela Central Única dos Trabalhadores e pela Força Sindical retomam hoje a agenda de reivindicações, como a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e o fim da terceirização. Em pauta também o salário mínimo e o fator previdenciário.

O secretário da CUT, Quintino Severo, disse que os manifestantes também se concentrarão em frente ao Ministério da Educação. Severo disse ainda que algumas categorias de trabalhadores farão paralisações nesta semana, como os metalúrgicos, em alguns estados, os bancários, químicos e petroleiros. “São categorias pelas quais vamos abrir um processo de mobilização rumo ao aumento real de salário e à recuperação do poder de compra”.

No Distrito Federal, o MST permanecerá acampado até o fim da semana em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo local. Às 15 horas, ocorre panfletagem na Estação Rodoviária de Brasília.

Segundo o secretário executivo da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, representantes das centrais farão uma passeata, saindo da Catedral até o Congresso Nacional. Eles pedirão a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, que regulamenta a negociação coletiva do setor público, informou a “Agência Brasil”.

Juruna disse que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi convidada para as manifestações, mas preferiu não participar. Ele informou que a pauta de reivindicações foi definida no ano passado e que as centrais querem a implementação dessas propostas. “Agora, achamos por bem que essas reivindicações sejam debatidas no Congresso Nacional e sejam aprovadas”.