Brasileiros que acreditaram nos apelos de Lula agora frequentam as listas de inadimplentes

Lista negra – Há dias, a presidente Dilma Rousseff, mesmo sob a discrição que até agora marcou sua estada no Palácio do Planalto, comemorou o ingresso de 39 milhões de consumidores na classe média brasileira. Universo ligeiramente maior do que os 36 milhões de brasileiros que ascenderam socialmente, número que foi largamente explorado pela neopetista durante a corrida presidencial de 2010.

Esse movimento resultou de um pedido do então presidente Luiz Inácio da Silva, que em dezembro de 2008 ocupou os meios de comunicação para defender a manutenção do consumo em níveis elevados, como forma de neutralizar a ação da crise financeira internacional. À época, os jornalistas do ucho.info alertaram para dois perigos embutidos no pedido presidencial: a elevação do endividamento das famílias e a disparada da inadimplência. Na ocasião, o abusado Lula disse que nós, do ucho.info, torcíamos contra o Brasil, quando na realidade nossa missão é defender do constante vilipendio patrocinado pelo Estado, cada vez maios voraz diante quando o cardápio é imposto.

De acordo com a Serasa Experian, a inadimplência aumentou 22,3% no primeiro semestre do ano, se comparado com o mesmo período de 2010. Trata-se do mais alto índice semestral desde 2002. Esse dado mostra que o ingresso de quase quarenta milhões de brasileiros na classe média se deveu ao crédito fácil e à falsa sensação de poder de compra, que levou ao consumismo descontrolado. Em outras palavras, esses novos integrantes da classe média em nenhum momento registraram aumento de riqueza, ou até mesmo poder de compra, mas foram impulsionados pela falsa sensação que a concessão flexível de crédito deu a cada um dos incautos que acreditaram nas palavras messiânicas de Lula.

Há na economia regras pré-estabelecidas para definir a classe social a que pertence um cidadão, mas esses novos freqüentadores da classe média não levaram para casa apenas eletrodomésticos e veículos novos, mas carnês cujas parcelas há alguns meses frequentam a fila do atraso. Como disse certa vez um filósofo fanfarrão, “nunca antes na história deste país”.