Infraero avança na construção de puxadinho em Guarulhos, mas estacionamento está saturado

Remendo federal – Quando a FIFA, em outubro de 2007, anunciou que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse em Zurique, na Suíça, que o País realizaria o maior e melhor evento esportivo da história. É fato que mais da metade do planeta não acreditou nas palavras mentirosas de Lula, mas alguns incautos ainda apostam na possibilidade de a promessa de outrora se transformar em realidade até a Copa.

Logo após o anúncio da FIFA, o secretário-geral da entidade máxima do futebol, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com a caótica situação dos aeroportos brasileiros. E na ocasião Lula chamou-o de “idiota, mês”mo que de forma transversa e inominada, como cabe aos covardes contumazes.

Não faz muito tempo, o mesmo Lula anunciou investimentos da ordem de R$ 5 bilhões para reformar e ampliar os principais aeroportos brasileiros com vistas à Copa do Mundo. Acontece que até agora nada do que foi balbuciado saiu das entranhas do microfone palaciano. Por conta disso, a saída foi a presidente Dilma Rousseff anunciar a privatização de alguns aeroportos, como o de Guarulhos, em São Paulo, o de Brasília, e o de Viracopos, em Campinas. E a entrada da iniciativa privada nos três aeroportos ainda tropeça nas promessas e na burocracia.

Prevendo um congestionamento no final do ano, a Infraero decidiu fazer o famoso “puxadinho” no Aeroporto Governador André Franco Montoro, em Guarulhos. E a empresa escolhida construirá um novo terminal no galpão que era utilizado pela falida Vasp. Trata-se de um remendo oficial, que nem de longe atenderá às necessidades momentâneas, quiçá a demanda que será gerada pelo afluxo de turistas que virão ao País por conta da Copa do Mundo.

Enquanto nada acontece e as palavras de Jérôme Valcke flanam nos ares da profecia, o estacionamento do aeroporto de Guarulhos já ultrapassou com folga a sua capacidade. Se nada for feito com urgência, o congestionamento em breve alcançará a Rodovia Hélio Smidt, que liga as rodovias Dutra e Ayrton Senna ao mais importante aeroporto nacional. Fora isso, as filas de táxi costumam demorar, em média, uma hora. Mesmo assim, há ainda uma legião de crédulos que acreditam que o Brasil tem todas as condições de sediar a Copa do Mundo. Enfim, como disse certe vez um abusado e ufanista filósofo, “nunca antes na história deste país”.