Lula não comparece ao primeiro evento da Copa e deixa o nefasto Ricardo Teixeira em má situação

(Reuters)
Pela tangente – Dor de ouvido. Eis o motive alegado pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva para não comparecer ao sorteio das eliminatórias da Copa de 2014, evento que aconteceu na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, e que por causa do autoritarismo dos dirigentes do futebol mundial obrigou o fechamento do Aeroporto Santos Dumont durante quatro horas, no último sábado (30).

É verdade que as otites e seus sintomas algumas vezes são difíceis de suportar, mas Lula, que está em franca campanha pela reeleição, não foi ao Rio para evitar constrangimentos diversos.

Primeiro porque o próprio ex-presidente disse, em outubro de 2007, na sede da FIFA, em Zurique, que o Brasil realizaria a melhor Copa da história. Profecia que caminha na direção da inverdade, pois o cronograma de obras está escandalosamente atrasado e as chances de corrupção são enormes.

A ausência de Lula se deveu ao fato de o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não caiu nas graças de Dilma Vana Rousseff e muito menos conseguiu até agora um espaço na agenda presidencial, estar sob uma enxurrada de acusações de corrupção envolvendo a realização da Copa em outros países. O ex-metalúrgico evitou constrangimentos, pois, além das denúncias de corrupção, há no Brasil um movimento popular, que já alcançou a mídia verde-loura, para defenestrar Teixeira do comando da CBF.

Considerando que Lula sempre alegou inocência diante dos escândalos de seu governo, não foi uma enorme surpresa a sua ausência no evento que teve Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, como a estrela maior. Para o desespero de Ricardo Teixeira, que não suporta o Atleta do Século.