Dilma comanda lançamento de plano de incentivo à indústria e promete ser “implacável” com os corruptos

Rompendo a mudez – Dilma Rousseff disse que será “implacável” com os casos de corrupção, mas os brasileiros não devem esperar uma faxina ampla e generalizada nos primeiro e segundo escalões da máquina federal, pois do contrário o governo estaria fadado ao fim. A demissão de 22 pessoas no Ministério dos Transportes e órgãos correlatos não aconteceria se a pasta estivesse sob o comando do PMDB, maior partido da base aliada e que tem o paulista Michel Temer como vice-presidente da República.

Deixando de lado o tratamento não isonômico que Dilma Rousseff dará a cada escândalo de corrupção, o governo federal, preocupado com o calvário que os exportadores enfrentam por conta da valorização do real frente à moeda norte-americana, lançou nesta terça-feira (2) um plano de incentivo ao setor industrial.

Entre os principais pontos do plano está a devolução de PIS/Cofins aos exportadores de produtos manufaturados, a criação de um fundo de financiamento à exportação, um projeto de desoneração da folha de pagamento nos setores com mão de obra intensiva, além de regime tributário especial para o setor automotivo.

Como noticiamos mais cedo, as centrais sindicais boicotaram o lançamento do Plano Industrial Brasileiro, pois na noite de segunda-feira (1), durante reunião com o ministro Guido Mantega (Fazenda), os sindicalistas foram informados das linhas gerais do projeto, mas não tiveram acesso aos detalhes. Por isso, preferiram aguardar os discursos da presidente Dilma e dos ministros da área econômica antes de qualquer manifestação.