Líder do governo, Vaccarezza diz que oposição precisa ganhar eleições para fazer mudanças nos ministérios

Pela tangente – Em entrevista coletiva tradicional, realizada às quintas-feiras o líder do governo da Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi questionado pela reportagem do ucho.info sobre a necessidade de se mudar o modus operandi nos ministérios, tese defendida pela oposição. “É melhor eles ganharem as eleições antes de falar bobagem. Seria melhor eles ganharem as eleições. Quando eles ganharem as eleições eles fazem isso. Eu não sei o que eles querem. Eles querem o quê? Indicar os ministros? É papel da oposição, mas só que eles estão exagerando”, respondeu Vaccarezza.

Provocado pela reportagem sobre a afirmação do líder do governo na Câmara, o senador tucano Alvaro Dias (PR) respondeu: “É claro que a oposição cumpre seu papel. A oposição tem que denunciar os erros do governo e as eventuais falcatruas existentes no governo. Quanto a ter que ganhar a eleição para mudar, é relativo. Porque há os que mudam porque são convencidos pela realidade dos fatos. E o que se espera sempre de um governo é a inteligência de saber promover mudanças em razão das expectativas da população”.

Vaccarezza informou que na próxima semana será feito um debate sobre a crise internacional e as políticas que o Brasil está empreendendo para continuar crescendo. “E o povo melhorar de vida mesmo com a crise internacional. E o Brasil continuar crescendo como nós estamos vendo nos últimos anos.”

“Virá aqui o ministro Guido Mantega e o ministro Pimentel para apresentar os programas de governo tanto o Brasil Maior quanto os projetos de inovação para o Brasil como medidas futuras que serão tomadas diante do agravamento da crise internacional”, adiantou.

Sobre a situação do ministro demissionário da Defesa, Nelson Jobim, o líder do governo não quis arriscar. “O ministro Jobim tem feito um trabalho de política geral do governo para a Defesa. Num sistema presidencialista, não existe política de ministro. Existe politica de governo. E quem coordena e quem centraliza o governo é a presidente Dilma. O ministro Jobim é uma figura de respeito e não pode ser avaliado por frases felizes ou infelizes, mas eu não tenho nenhuma opinião sobre as frases e sobre o que a presidenta irá fazer”, escapou pela tangente.

Quando perguntado se a permanência de Jobim era insustentável, Vaccarezza se recolheu: “Esse é o tipo da pergunta que se eu responder a minha permanência fica insustentável. Então chega de frase infeliz”, respondeu aos risos. “Já pensou se eu emitir uma opinião sobre esse assunto. Vocês estão querendo me demitir?”, brincou.